Neste trabalho
iremos construir uma “caixa que tudo inverte” e aprender como a imagem de um
objeto é formada. Para isso, devemos conhecer os princípios da óptica
geométrica e compreender a propagação retilínea da luz.
A LUZ EM LINHA
RETA
Segundo os princípios
da óptica geométrica, os raios de luz em meio homogêneo e transparente se
propagam em linha reta. Na “caixa que tudo inverte”, todos os raios de luz que
são emitidos pelo objeto a ser projetado, passam através de um pequeno orifício
e atinge o aparato no interior dela, formando uma imagem invertida como na
figura abaixo.
Fonte: Portal feira de
ciências
Agora, você pode perguntar: “por que ao
atravessar o furo a imagem é invertida?” É uma boa pergunta!
Quando estão em contato com o ar, os raios de
luz sempre são retos e se propagam para todas as direções ao mesmo tempo, só
que quando apenas um furo permite a passagem da luz, os únicos raios que
conseguem passar fazem a imagem ficar invertida.
Afinal, os únicos raios de luz da parte de
cima de uma vela que conseguem entrar através do buraco são os que vão na mesma
direção do furo, só que para baixo. Já com a parte debaixo da vela, acontece o
oposto, os raios que atravessam o orifício vão para a parte de cima da “caixa
que tudo inverte”. Simples assim! Como vemos na imagem abaixo:
Fonte: Portal feira de ciências
COMO FAZER?
De maneira
bastante simples você pode construir uma “caixa que tudo inverte” e, se
desejar, sair por aí tirando fotografias. Para isso você precisará reunir
algumas coisas.
Materiais necessário para
fazer a “caixa que tudo inverte”
·
1 Caixa de papelão;
·
1 Lupa;
·
Papel cartão preto ou
similar;
·
1 Folha de papel
vegetal
·
Tesoura, Pistola de
cola quente, estilete, marcador permanente/caneta;
·
1 Régua;
PROCEDIMENTO:
Primeiramente é
necessário descobrir a distância focal da lente, ou seja a distância que ela
precisa para focalizar um objeto no infinito. A melhor forma de descobrir a
distância focal é focalizar a lupa contra uma superfície, o que fazemos subindo
e descendo a lente sobre um papel até conseguirmos que a imagem do sol fique
bem nítida, a menor possível. Daí com o auxílio de uma régua efetuamos a
medição. Devemos ter cuidado, pois a concentração dos raios de sol gera muito
calor, podendo inclusive queimar o papel! Esta distância chama- se distância
focal, e em nossa caixa determina a distância entre a lente e o visor de papel
vegetal, para que possamos ver as imagens distantes bem focalizadas.
Risque
com o marcador/caneta e com o auxílio da régua um dos lados da caixa de
papelão, 10 cm menor do que o diâmetro da folha de papel vegetal e depois cole
a folha (Fig. 1).
Fig.1- Fundo
da câmara escura, acervo pessoal (2017).
No interior da caixa
cole o papel cartão, para que o interior fique totalmente escuro; no lado
oposto a folha de papel vegetal faça um furo do diâmetro da lente, em seguida
enrole-a em papel cartão e cole no furo (Fig.2).
COMO USAR “A CAIXA QUE TUDO INVERTE”?
Leve a caixa fechada com a tampa e direcione a parte da lupa
para um objeto luminoso ou iluminado, vela, edifício, árvore, paisagem, etc.
Olhando pelo furo do extremo oposto, observe se aparece alguma figura no papel
vegetal (Fig.3).
Fig.3- Imagem invertida na câmara escura, acervo
pessoal (2017).
NÃO
CONSIGO VER A IMAGEM, O QUE FAZER?
1- Passo:
Observe se a caixa está completamente fechada, evitando a entrada de luz por
quaisquer rachaduras;
2- Passo:
Verifique se a lupa está devidamente fixada e apontada para a folha de papel
vegetal, na qual será formada a imagem;
3- Passo:
Aproxime ou afaste a lente do objeto focalizado, procurando uma posição
na qual a imagem formada seja a melhor possível.
Pronto! está feita nossa “caixa que tudo inverte”, agora
podemos sair fotografando tudo por aí!
APLICAÇÃO
NA ESCOLA
O
incentivo a criatividade, à percepção, e principalmente fazer com que o aluno
consiga ser autodidata, ser capaz de olhar para fora da “caixa” é a principal
peça desse quebra-cabeça, fazendo com que o aluno comece a ser protagonista do
seu aprendizado. O desenvolvimento
do método, o raciocínio lógico e o incentivo da comunicação oral podem ser um
dos conhecimentos agregados com o desenvolvimento de projeto de ciências.
Como qualquer outra atividade de ensino-aprendizagem que envolve criatividade e
investigação na busca de soluções para uma situação real, permitindo também que
através dessa estratégia de ensino, os alunos possam promover a construção dos
conceitos físicos pautados no desenvolvimento de projetos, que possam
estabelecer a articulação entre os diferentes instrumentos científicos e
tecnológicos produzidos na atualidade.
Fig.4-
construção da câmara escura pelos alunos, acervo pessoal (2017).
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